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A associação “ Ni Putes ni Soumises” contesta a decisão do Julgamento de Lille, que anulou o casamento de um casal muçulmano pela esposa ter mentido ao marido sobre a sua virgindade. A par de uma petição com o lema “Nem virgem, nem submissa”, a associação apelou ainda a manifestar amanhã, para “ defender os direitos das mulheres”. Em Paris a manifestação vai se realizar na place d’ Italie.

A Associação que já fez vários comunicados, diz que “ está determinada e pronta para continuar a mobilização contra a decisão do tribunal de Lille” que considera um “ fatwa contra a liberdade das mulheres”. A rede “ Encore Feministes” junta-se à causa, e vai manifestar atrás do cartaz “ os seres humanos não são mercadorias”.

A decisão continua a gerar polémica, hoje, 150 eurodeputados dirigiram uma petição à ministra francesa da Justiça Rachida Dati. Para os signatários da petição, uma decisão como esta pode ser perigosa. “ Consideramos que, ao contrário da decisão do tribunal de grande instância de Lille, a virgindade de uma mulher não é uma qualidade essencial de uma pessoa”.

A primeira reacção de Rachida Data foi de considerar que a dissolução civil do casamento pode ser um meio de “ proteger as pessoas”. A ministra emitiu a hipóteses que a jovem, em causa, poderia ter decidido se separar de forma rápida. No entanto face à controvérsia já pediu ao procurador geral a agir para recorrer à decisão.

Sylvie Silva Oliveira

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