O cartaz é de 2007 e integra a campanha dos 70 anos do Mouvement du Nid. O objectivo é “sensibilizar a opinião pública na questão da sociedade que está no centro da sua acção: a prostituição”.
Este novo cartaz vem se adicionar as acções já feitas pela associação e tem um argumento muito simples. Assim desta vez o alvo da campanha é o cliente, e todos os potenciais clientes, que seja de forma esporádica ou periódica.
“ Se recuso a prostituição para os meus, isto é as pessoas da minha família, porque deveria aceitar para os outros”.
Não a minha mãe, não a minha irmã, os símbolos “sagrados” e “intocáveis” da maior dos homens. Assim se não aceitaríamos a prostituição da nossa mãe ou irmã ou pessoa conhecida, porquê aceitar a de outra pessoa que faz parte da família de alguém.
Já em 1987 o movimento apresentava uma campanha com a seguinte mensagem: “ A escravatura foi abolida e a prostituição?” Mais tarde o tema do turismo sexual e da pedofilia era abordado na campanha: “ Com esta idade a prostituição é intolerável. Mas existe uma idade onde ela é tolerável?”
A última campanha nacional promovida em 2004, prendeu-se mais pela questão mercantilização da mulher que torna a prostituição um negócio. A campanha afirmava que: “ o que é chocante não é o sexo, mas o dinheiro: o facto de um homem, um cliente, compra uma mulher como uma mercadoria.”
O Mouvement du Nid recusa a “prostituição como ele recusa a miséria e a exclusão, a escravatura, a tortura. Pede um envolvimento político, social e cultural, uma frente de recusa face ao conjunto do sistema da prostituição”.
“ Nem “ um mal necessário”, nem “fatalidade”, nem “profissão””.
Sylvie Oliveira