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Monthly Archives: Fevereiro 2008

mouvement-1.jpg O cartaz é de 2007 e integra a campanha dos 70 anos do Mouvement du Nid. O objectivo é “sensibilizar a opinião pública na questão da sociedade que está no centro da sua acção: a prostituição”.

Este novo cartaz vem se adicionar as acções já feitas pela associação e tem um argumento muito simples. Assim desta vez o alvo da campanha é o cliente, e todos os potenciais clientes, que seja de forma esporádica ou periódica. 

“ Se recuso a prostituição para os meus, isto é as pessoas da minha família, porque deveria aceitar para os outros”.

Não a minha mãe, não a minha irmã, os símbolos “sagrados” e “intocáveis” da maior dos homens. Assim se não aceitaríamos a prostituição da nossa mãe ou irmã ou pessoa conhecida, porquê aceitar a de outra pessoa que faz parte da família de alguém.

Já em 1987 o movimento apresentava uma campanha com a seguinte mensagem: “ A escravatura foi abolida e a prostituição?” Mais tarde o tema do turismo sexual e da pedofilia era abordado na campanha: “ Com esta idade a prostituição é intolerável. Mas existe uma idade onde ela é tolerável?”

A última campanha nacional promovida em 2004, prendeu-se mais pela questão mercantilização da mulher que torna a prostituição um negócio. A campanha afirmava que: “ o que é chocante não é o sexo, mas o dinheiro: o facto de um homem, um cliente, compra uma mulher como uma mercadoria.”

O Mouvement du Nid recusa a “prostituição como ele recusa a miséria e a exclusão, a escravatura, a tortura. Pede um envolvimento político, social e cultural, uma frente de recusa face ao conjunto do sistema da prostituição”.

“ Nem “ um mal necessário”, nem “fatalidade”, nem “profissão””. 

Sylvie Oliveira

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“Las mujeres también son malas”, éste es el nuevo mensaje. Cuando por fin la sociedad tiene mayor sensibilidad frente a la discriminación que sufren las mujeres, surgen mensajes ambiguos: “Los hombres lo han hecho mal durante años, pero, ¿y las mujeres?”, “las mujeres violentan pero psicológicamente”, “también hay mujeres que maltratan”. Asistimos, muchas veces impasibles, a un neomachismo que pretende ocultarse en mensajes populistas que ponen al mismo nivel las tropelías machistas y las supuestas acciones de las mujeres.

Pongamos el ejemplo reciente de varios periódicos de tirada nacional que colocaban en su web y en el mismo plano la espeluznante historia de un hombre que apuñala a su mujer en el coche y aparca en la puerta de la comisaría para entregarse, y la extravagancia de una mujer que agredió a su marido (uno de cada 1.000 casos de violencia de género), o la inusual denuncia falsa de una mujer por violación.

Escuchamos el discurso de personas que ante la violencia machista responden con un: “Algo habrá hecho ella”. La responsabilidad de los violentos quedaría repartida en un confortable pero injusto 50% que nos inhibe de tomar partido por las víctimas, las mujeres. Se pretende con ello diluir las responsabilidades de los violentos, negando lo ocurrido, dividiendo salomónicamente las culpas con la víctima y minimizando las consecuencias de las agresiones. De paso se alimenta el arquetipo de mujer malvada, perversa y mentirosa. Hay quienes intentan hacernos creer que las mujeres se merecen todo lo que les suceda y son tan culpables como los hombres.

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benoite.jpg“Foi aos 55 anos que nasci para o feminismo. Foi preciso este tempo todo para sacudir a minha educação burguesa – artista, moderna, privilegiada; a minha situação de jovem rapariga arrumada, educada em escolas católicas, não mistas. Precisei de muito tempo, sobretudo porque era uma pessoa obediente, nada rebelde. Foi o ano de 1968 que me fez descobrir, finalmente que eu era feminista. O que eu não sabia. Não era uma teoria filosófica; era mesmo o resultado da minha experiência. 

Não se imagina, já não se imagina o desespero que sentíamos quando ficávamos grávidas. Teríamos tentado qualquer coisa! Qualquer coisa! Todas: as ricas e as pobres; as adolescentes e as mulheres que acreditavam que já estavam na menopausa; as prostitutas e as bem comportadas que só tinham tido relações uma vez e que estavam grávidas; as abandonadas e as mães que já tinham cinco filhos. Todas!

De facto, era uma tradição familiar. A minha mãe, que amava a literatura, a pintura, as artes, tinha-nos dado esta lei, à minha irmã e a mim: “ Todas as noites, minhas filhas, vocês escrevam, escovem os dentes. Eis as duas coisas que têm de fazer antes de adormecer”. Então, tínhamos cada uma o nosso jornal, que ela vinha ler em segredo como todas as mães que querem saber o que se passa nos meandros da alma dos seus filhos. Ter sido feminista não é mais virtuoso. E isto prejudicou-me no mundo literário porque me consideram uma autora feminista e não como uma romancista.

Queria seguir medicina e a minha mãe disse-me: “Se tu enveredas por medicina, equivale a sete anos de estudo, o que desencoraja um homem. Os homens não apreciam isso. É melhor fazer algo de mais gracioso”. Fiz uma licenciatura em Letras. Era preciso desobedecer para existir, naquele tempo, enquanto que hoje as raparigas, pelo contrário, são completamente livres. Elas fazem um ensino Politécnico, elas estudam o que querem.

Casei com um estudante de Medicina e ele morreu oito meses depois. Este casamento não foi longo. Mas isto deu-me um estatuto social. Era viúva, e isso, era um estatuto social. Coisa horrível de se dizer porque eu tinha sido feliz neste primeiro casamento, e não me arrependo dele, mas, sendo viúva, era uma mulher, desabrochei. Comecei a trabalhar com mais ambição e coragem. Existia”.

Tradução:
Sylvie Oliveira

Texto original: http://www.france5.fr/programmes/articles/arts-et-culture/1395-empreintes.php

“A necessidade de manter o agressor em casos de violência doméstica fora do lar e longe da vítima durante o período em que os tribunais estão fechados levou a Associação Portuguesa de Mulheres Juristas a escrever ao presidente da comissão parlamentar de Direitos, Liberdades e Garantias, alertando para a situação grave que consideram ter sido criada pela revisão do Código de Processo Penal.
O documento, de que foi dado conhecimento a todos os presidentes de grupos parlamentares, bem como ao procurador-geral da República, Pinto Monteiro, é assinado por Teresa Féria de Almeida, presidente daquela organização.
Em declarações ao PÚBLICO, Teresa Féria explicou que existe uma situação de vazio legal que leva à libertação de muitos dos agressores de violência doméstica que são apanhados em flagrante delito pelas autoridades, já que o novo Código Penal prevê para estes casos uma moldura penal de até cinco anos, ficando assim sujeitos ao processo sumário destinado à pequena criminalidade. Uma situação que entra em contradição com a caracterização de criminalidade violenta que foi dada a este crime no Código de Processo Penal.
Assim, como só os tribunais podem aplicar a medida de coacção de afastamento do agressor do lar, quando a situação de agressão é detectada pelas autoridades policiais fora das horas de funcionamento dos tribunais os agressores são libertados, pois, de acordo com as regras do crime sumário, assumem o compromisso de comparecer ao tribunal.
A presidente da Associação Portuguesa de Mulheres Juristas considera assim que se está perante uma “desautorização dos agentes da polícia” e uma situação de bloqueio do combate à violência doméstica.
Teresa Féria alertou ainda para o facto de este vazio legal prejudicar também as situações de coacção grave e de resistência e coacção sobre funcionário (polícia).”

Fonte: Publico

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Na última década, Marrocos desenhou um avanço notável na arena dos direitos das mulheres. Com uma monarquia constitucional, o país incrementou inúmeras reformas convergentes para a promoção dos direitos humanos fundamentais e conseguinte valorização do status feminino. A reformulação de Al Mudawwana, em 2004, foi um dos passos mais significativos para o empowerment das marroquinas. Este consiste no código que regula as questões de âmbito familiar: divórcio, casamento, herança, direito de custódia das crianças, etc.

Dentre as suas inúmeras alterações, distinguem-se as seguintes:

• A idade legal para contrair casamento ascendeu aos 18 anos nas mulheres, igualando-as à dos homens. Recorde-se que, anteriormente, a idade era de apenas 15 anos.
• Direito ao divórcio por mútuo consentimento.
• Distribuição da autoridade na família por ambos os cônjuges.
• Rescisão da obrigação da mulher em prestar obediência ao seu marido.
• Imposição de severas limitações à prática de poligamia.

Debelando as vozes dissentes das reformas supra-mencionadas, a sua implementação foi conseguida através do esforço conjunto de partidos políticos, ONG’s, activistas, líderes religiosos e académicos.

Para além da reformulação de Al Mudawwana, Marrocos reforçou o combate à violência contra a mulher. Em 1993, o país subscreveu a Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW) e, a partir desta data, empreendeu sucessivas acções de sensibilização. Para melhores consecuções, Marrocos beneficiou do projecto “The Promotion of Gender Equality and Addressing Gender-based Violence”, implementado pela UNFPA entre 2004 e 2006.

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CONGRESSO FEMINISTA 2008 | 26, 27, 28 Junho
Rota dos Feminismos | 7, 8, 9 Março
Na “ROTA DOS FEMINISMOS” ou… a caminho do CONGRESSO FEMINISTA 2008

 

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Tal como Maria Lamas percorreu Portugal nos anos de 1940 para conhecer as alegrias, os trabalhos e as dores das mulheres do seu tempo, também a UMAR, a Comissão Organizadora e Promotora do CONGRESSO FEMINISTA 2008, nos dias 7, 8 e 9 de Março, na “ROTA DOS FEMINISMOS”, ruma às cidades e vilas portuguesas, na demanda dos sentires e dos quereres das portuguesas do séc. XXI.

Avançaremos quilómetros de olhos e ouvidos ávidos de diálogo com mulheres e raparigas; de ouvir as suas vozes; de conhecer os seus quotidianos.

Ouviremos o que significa hoje ser feminista no Minho, nas Beiras, no Alentejo, no Algarve, assim como em cidades como Coimbra, Braga, Porto, Setúbal e Lisboa.

Questionaremos se a nossa acção como feministas tem eco nas suas vidas, se o feminismo tem sentido para elas, se faz alguma diferença.

Procuraremos conhecer as suas aspirações, desejos e expectativas, trazendo, no banco da frente, valiosos contributos para pensar a agenda feminista no CONGRESSO FEMINISTA 2008, a realizar-se a 26 e 27 de Junho na Fundação Gulbenkian e 28 de Junho na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.

No mês em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, vamos espalhar o feminismo!

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Madalena Barbosa, fundadora do Movimento de Libertação das Mulheres, em Abril de 1974, organismo de luta pelo “direito à igualdade de oportunidades, sem discriminação de género”, morreu hoje aos 66 anos, anunciou o grupo parlamentar do PS.

Nos anos 80, Madalena Barbosa integrou a Comissão da Condição Feminina, actual Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, onde trabalhou até agora, lembra o grupo parlamentar do PS. Nas eleições intercalares de 2007 foi candidata à Câmara de Lisboa pelo Movimento Cidadãos por Lisboa.

No decorrer da sua carreira, a activista representou Portugal e a União Europeia em várias cimeiras e conferências internacionais, nomeadamente em Nova Iorque.

Madalena Barbosa auto-definia-se como “feminista, socialista e mulher, chamada em outros lugares do mundo gender expert”.

Madalena Barbosa morre um dia antes do lançamento de “Que Força é Essa”, o seu livro de crónicas e textos de reflexão sobre temas como feminismo, igualdade e estudos de género, participação cívica e política. A obra será lançada amanhã na Fábrica Braço de Prata, no Poço do Bispo, onde também será feita uma última homenagem.

A União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) já lamentou o falecimento da feminista, a quem diz prestar homenagem por se tratar de “uma das primeiras lutadoras pela despenalização do aborto em Portugal”. Foi “uma mulher que sempre se firmou como feminista em todas as dimensões da sua vida”, sublinhou a UMAR em comunicado, acrescentando que vai “preservar o exemplo de dignidade e de coragem revelado nos dias mais difíceis da sua vida”.

Em comunicado, a UMAR apela à “participação das feministas portuguesas” nas cerimónias fúnebres de Madalena Barbosa, sexta-feira às 16h00 na casa mortuária Santa Joana, em Lisboa. O funeral segue para o cemitério do Alto de S. João, onde o corpo será cremado pelas 23h00.

via: PÚBLICO

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A emergência e popularização dos novos media lançou novos desafios ao jornalismo e ao público e exibiu novas potencialidades. Diferentemente dos meios de comunicação tradicionais (imprensa, rádio, televisão), os novos media quebraram os constrangimentos espácio-temporais; empreenderam dinamismo e velocidade na difusão dos acontecimentos; criaram uma plataforma estribada na hipertextualidade, multimedialidade e interactividade, alargando o espaço público e fomentando o debate. Contudo, as infindáveis potencialidades dos novos canais de comunicação não são imunes às ameaças e pressões que comprometem o exercício do jornalismo nos media tradicionais, designadamente a censura.

Com a aproximação dos Jogos Olímpicos, em Pequim (China), a repressão aos cibernautas, bem como aos jornalistas está a agudizar-se, ameaçando a cobertura chinesa e estrangeira do evento. Actualmente, mantém encarcerados 30 jornalistas e 50 cibernautas e está a investir avultados recursos na obstrução à livre expressão e difusão dos acontecimentos.

Para além da China, a Rússia constitui um dos países onde o exercício do jornalismo e a liberdade de opinião encontram maiores vedações. O caso mais flagrante da repressão exercida na “Rússia de Putin” foi o homicídio da jornalista da Novaya Gazeta, Anna Politkovskaya, em 2006. O assassinato de Anna Politkovskaya junta-se aos mais de 20 homicídios de jornalistas russos, desde 2000.

A repressão faz-se com a mesma ferocidade no ciberespaço que nos meios tradicionais. E, para além da negação de um direito que deveria assumir-se como universal – a liberdade de expressão –, a censura redunda no subaproveitamento ou até mesmo aniquilamento das mais-valias comportadas pelos novos media.

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Christine Ockrent, jornalista francesa, acaba de ser nomeada directora geral de uma sociedade holding com o nome France Monde. A nomeação gerou de imediato várias polémicas acusando a profissional de conflito de interesse já que é casada com Bernard Kouchner que occupa o cargo de ministro dos negócios estrangeiros.

“ Para as mulheres da minha geração, o facto de ser periodicamente reduzidas ao estatuto de “mulher de”, negando a sua identidade, as suas competências, o seu percurso profissional, francamente penso que isso é injusto e humiliante, e espero o momento em que se falará e se pedirá a um homem de sacrificar a sua identidade, as suas competências, o seu percurso para fazer arranjos de flores”, desabafou a jornalista ao jornal Le Fígaro

Segundo uma crónica do Le Monde , Hillary Clinton terá sofrido vários ataques sexistas durante a sua campanha. Segundo o New York Times a filha Chelsea terá decidido apoiar mais activamente a mãe porque estava chocada com vários comentários que sofreu.

“ Anda passar as minhas camisas” é um dos exemplos das críticas que tem sofrido, uma tentativa bem clara de tentar colá-la a imagem de mulher, dona de casa, criticando a sua legitimidade e o seu direito a ser cândida a presidência.
Num ensaio feminista Robin Morganne explica os deslizes que ocorrem mas que não chocam ninguém por se tratar de uma mulher. A autora dá um exemplo radical para ilustrar a situação, assim questiona qual seria a reacção se um racista teria gritado a Barack Obama: “ Anda me engraçar os sapatos”. 

A imprensa também não poupa a candidata o apresentador de MSNBC , Chris Matthews afirmou que ela “irrita os homens”, dando a entender que a sua eleição para o senado deveu-se a piedade dos eleitores devido as infidelidades do marido.

O neo-conservador  Kill Bristol afirmou que “ as mulheres brancas tem um problema. Nos convivemos todos com isso”. esse pensamento completamente ridículo e sexista não despertou nenhuma reacção.
Segundo a mesma crónica, Hillary Clinton provoca um ódio desproporcionado, várias acusações são lhe feitas em panfleto descrevendo todas as suas maldades: bruxaria, delinquência, abandono do gato da Casa Branca..). Para os opositores não existe nenhum tipo de misoginia, deve-se somente a personalidade da candidata. Na verdade nada de mais comum do que criticar um candidato pelo seu programa ou ideias politicas, mas este tipo de comentários são discriminatórios, são misóginos, são sexistas.

Enfim mais dois casos,  de duas mulheres que a única características que tem em comum é sofrer de discriminação por ter sucesso. Duas mulheres avaliadas não pelo seu percurso, não pela sua ideias, ou pela ausência delas, não pelo seu trabalho mas por ser “ mulher de..”, por ser mulher.

Sylvie Oliveira

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Em 2007, 21 mulheres foram assassinadas, vítimas de violência de género nas relações de intimidade, revelou, ontem, a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), numa conferência de imprensa, no Porto. A vice-presidente da organização, Maria José Magalhães, distinguiu que a violência doméstica é um “crime que a sociedade portuguesa pode evitar”.

De acordo com os dados do Observatório de Mulheres Assassinadas da UMAR, às 21 mulheres assassinadas pelos maridos, companheiros, namorados, ex-maridos, ex-companheiros e ex-namorados, acrescem três vítimas associadas: duas crianças, uma de cada sexo, e uma jovem.

Em 2007, 57 mulheres foram ainda vítimas de tentativas de homicídio, incluindo seis vítimas associadas (filhos e pais das vítimas). 

Em relação à idade das vítimas mortais, Maria José Magalhães explica que “há uma relação de transversalidade das vítimas”. No que se refere aos homicídios, “é na maturidade que há um maior número de vítimas mortais”, designadamente na faixa etária dos 36-50 anos e na dos 24-35 anos. Nas tentativas de homicídio, verifica-se uma concentração nas idades compreendidas entre os 36 e os 50 anos, bem como nas mulheres maiores de 51 anos.

A nível da distribuição geográfica, Lisboa, Setúbal, Porto e Leiria são os distritos onde ocorreram mais mortes. Também a capital, Aveiro, Porto e Santarém são as regiões que exibem maior número de tentativas de homicídios.

Desde 2004, o número de mulheres assassinadas tem vindo a diminuir, registando-se, em 2007, uma descida significativa em relação ao ano de 2006 (37 mortes). Para Maria José Magalhães, “a sociedade portuguesa tem tido alguma atenção e capacidade para combater a violência doméstica”. É necessário, porém, uma aposta contínua na optimização das plataformas preventivas.

O estudo do Observatório resultou do cruzamento de notícias, dados oficiais da PSP, da Polícia Judiciária e do Instituto de Medicina Legal. “São dados por defeito, na medida em que temos a certeza que encontraremos mais casos”, advertiu a activista da UMAR.

Anabela Santos